MGM 2018

Logo no inicio da minha campanha para conseguir patrocínio para o MGM já fechei 100 % das quotas, com o apoio principal da Esthetic Aligner e Sianfer e também da Concept Bike Store, Colégio Ábaco, TLS , 4 Pontos, Pneus para Bike e Agencia Pixel, então o negocio era se dedicar integralmente aos treinos e planejamento.

 

A apreensão com o MGM era a organização, soube que alguns randonneurs conhecidos de outros LRMs não iriam prestigiar o LRM do próprio País. Com o inicio das inscrições vimos que os Randonneurs de países vizinhos não estavam em quantidade, depois da Espanha, a Italia era o País com maior numero seguido pelo Brasil, poucos franceses, poucos americanos e isso causou mais apreensão ainda.

O organizador, apesar de muito educado e atencioso, se mostrava bem intransigente e rígido nas regras, nós estamos mal acostumados com a boa vontade dos brasileiros em que pra tudo se dá um jeito, lá não é bem assim, tive até que retirar o logo da prova do meu uniforme, arte do Fernando Fazzane, pois por um lapso meu, não pedi a autorização antes de mandar confeccionar. Posteriormente tive a autorização negada pela organização.

A principal diferença que iríamos enfrentar em relação aos outros LRMs da Europa era o calor, no mês anterior eu já monitorava o clima nas cidades onde passaríamos, a expectativa era de muito calor de dia e tempo fresco a noite.

Como nas outras experiencias, cheguei 4 dias antes da prova, para ambientalização, do clima, horário, até mesmo das estradas, fizemos alguns treinos leves. Já deu pra ver que não teriamos problemas com os motoristas, de todos os países que pedalei, os espanhóis são os que mais respeitam os ciclistas, até mais que os franceses. Nos hospedamos, eu Fabricio, Miguel, Ademar, Raniel, Luciana e Lucio em La Cabrera, a 10 km de Torrelaguna onde seria a largada. Pra chegar nem Torrelaguna não seria problema, pois seria a maior parte de descida, nosso receito era depois que acabar a prova subir pra La Cabrera depois de 1200 kms pedalados.

A largada foi as 20:00 horas do domingo 19/08/2018, ainda claro, nessa época na Espanha o sol se enconde por voltas das 22:00 horas. Larguei na segunda onda as 20:15 horas, junto com a maioria dos brasileiros que estavam na prova, exceto os gaúchos que largaram na primeira onda. O inicio é sempre bom, acaba com a ansiedade e estamos bem descansados, acompanhei durante alguns kms o pelotão, mas depois adotei meu próprio ritmo, numa boa parte bem plana, temperatura agradável e um por do sol bem bonito, tive que parar com 35 km para que uma criação de ovelhas atravessasse a pista, coisa que a gente só vem em outros países mesmo, pelo menos em SP eu nunca tinha visto aquilo, muito legal. Cai a noite e começam a serras. De Madrid a gente consegue ver a cadeia de montanhas que teríamos que atravessar, no mapa altimétrico nada assustador mas eram subidas atrás de subidas, no escuro a gente não tem a exata noção do quanto estamos subindo, em Cogolludo (66 km) muita gente parou para abastecer enquanto eu e mais alguns seguimos em frente, me arrependí de não ter reabastecido, pois seriam mais 100 kms e não encontrava lugar para abastecimento, foi quando avistei um carro parado a beira da estrada, com alguns ciclistas, de cara uma pessoa já foi avisando que ali não era controle, me causou estranheza pois se não era controle, era carro de apoio e normalmente carro de apoio não é permitido fora dos PCs, pedi um pouco de agua e me negaram, desconfio serem Italianos, mas não tenho certeza. Logo a frente tinha um PA, encontrei o Fabricio saindo e enquanto comia alguma coisa chegam o Dosso, Eduardo e Fernando.

 

 

Abastecido segui viagem, começavam alí uma sequência grande de subidas longas, de longe dava pra ver algumas hélices de energia eólica, bem perto delas, no escuro, aquilo faz um barulho que dá um certo medo.

Quando começa a descida para Ayllon vem a decepção, 20 kms de alfalto bem ruim, passei por alguns grupos trocando pneus, que, bem provável, pegaram alguns buracos no caminho. Cheguei no PC1 em Ayllon as 4:04 horas. No trajeto até o próximo PC em Tortoles o asfalto melhorou muito, seguimos beirando uma represa e passamos por algumas pequenas cidades, logo amanheceu o dia e o PC 2 estava bem agitado, novamente encontrei o Fabricio e desta vez também o Lucio.

 

Gosto de pedalar de dia, de dia a gente tem mais coisas pra ver e se distrair, com isso o pedal é mais prazeroso e o tempo passa mais rápido, a região era de algumas Bodegas e plantações  de uva e novamente região de energia eólica, ou seja, região de ventos. Muito bonito o lugar, o que me chamou a atenção foi a terra branca, parecia areia, mas é uma terra mais densa só que branca, nessa hora 4 ciclistas das Asturias me alcançaram e segui um tempo com eles, pouco tempo, pois o ritmo deles era forte e o vento começava a pegar. Teria pela frente um retão de vento contra de 20 kms, parei pra comer alguma coisa, pra me preparar psicologicamente para o vento na cara, uma das coisas que mais me afeta no pedal é vento contra. Um casal de passagem por alí me deu os parabéns por estar na prova e disse que se fosse 2 dias antes, seria impossível pedalar ali por conta dos ventos que estavam fortíssimos. Bora encarar o vento, no meio do caminho um pelote de 3 ciclistas dinamarqueses me alcançou e me convidou pra ficar na roda deles, muito agradecido aceitei o convite, pois o sofrimento passaria mais rápido, um deles puxou a maior parte do tempo, depois eu e os outro 2 ajudamos num revezamento até chegar em Fromista no PC3. Fromista é rota do Caminho de Santiago, pedalei boa parte seguindo a rota dos pelegrinos, hora o vento ajudava e hora o vento atrapalhava, sol escaldante, bateu 35 graus, ainda bem que tinha o vento pra refrescar, foi bem sofrido chegar em Cistierna, por um bom tempo sem nenhuma cidade a agua ia secando e a preocupação aumentando, senti que estava mal alimentado, até ali os Pcs tinham a oferecer agua e Bocadillo. Bocadillo é um lanche bem típico da Espanha, recheado com Jamom, um presunto bem típico também , ou com frango, queijo, mas eu precisava de uma alimentação mais rica, cheguei a pensar que se no próximo PC tivesse o mesmo cardápio, pararia por ai mesmo,  mais próximo a Cistierna começei a passar por algumas pequenas cidades, pedalando a maior parte do tempo sozinho, comecei a encontrar outros ciclistas, até chegar em Cistierna que era o PC 4 e o Drop Bag e graças a Deus tinha uma alimentação melhor, cada ciclista poderia comprar um kit, com macarrão, fruta, doces, agua e um bocadillo. Me alimentei e fui direto tentar dormir, acredito ter pego no sono por pouco tempo, ainda de dia e calor foi difícil descansar ali, resolvi então seguir, encontrei o Lucio e Fabricio se preparando pra seguir também e eu ia com eles, mas tive que deixa-los ir pois o meu suporte do alforge dianteiro havia quebrado e precisava consertar, não iria segurá-los de forma alguma, com algumas gambiarras usando enforca gato dei um jeito, na hora de sair não encontrei no GPS a rota até o próximo PC, por algum motivo a rota não estava lá, então teria que seguir pela planilha, não consegui seguir a planilha deles, por sorte ou por experiencia mesmo, na largada eu havia fotografado uma planilha de rota que o Lucio havia resumido

Segui com alguma insegurança, errei logo na saída pegando o sentido contrário, 3 kms depois percebi, voltei e peguei o sentido correto, pegando uma informação ali outra aqui, pra confirmar a rota segui em frente, nessa hora somem todos os outros participantes, só pra te deixar achando que está no caminho errado rsrsrsr. Mas tinha que chagar em Ryano, lugar muito bonito, com uma barragem grande e tuneis bem legais de passar. Já em Ryano parei no cruzamento onde teria que seguir para Cangas de Onis, local do PC e onde hvaria uma largada da Vuelte da Espanha, já de noite, um carro parou e perguntou se eu precisava de algum auxílio, confirmei a direção para Cangas, cansado, perguntei se o trajeto era só descida ou se ainda iria subir, eu sabia que desceria por 40 kms. O Senhor espanhol falou que eram uns 5 kms de alguma subida e que depois só descia. Felizão segui em frente, mas o senhor se enganou, eram muito mais que 5 km s de subida, no mínimo 20, pelo menos de falso plano subindo, chegou uma hora que pensei ter errado o caminho pois não parava de subir, as placas era de Pico de Europa, virei a bike pra ver se ela descia, começa a dar um nervoso, uma incerteza, tentei parar dois carros pra pedir informação, mas não pararam, a gente vicia no GPS e quando tem que ir por planilha da nisso. Numa daquelas curvas em cotovelo avistei, la embaixo alguns ciclistas subindo, então tranquilizei e segui subindo. Quando cheguei no topo, tinha 2 ciclistas parados e passei batido, começava ali a grande decida, seria 40 kms até o PC descendo, no início descidas íngremes e mais pro final menos inclinadas, mas não acabava nunca, deu muito frio na descida, pensava em parar pra colocar mais roupa, mas acabava seguindo mais um pouco, incrível como não acabava, muitas curvas, muito frio até que faltando uns 10 km pro fim, parei e me vestir melhor, era a parte mais plana, mas ainda descendo. Era o Desfiladeiro de Los Beyos, algumas horas o rio que passa pelo desfiladeiro formavam cachoeiras e o barulho era assustador, lembro que era noite e se via somente o que o farou da bike conseguia iluminar. Enfim cheguei no PC5, 530 km as 01:44 da terça feira, cansado, com frio, com fome e com sono, me alimentei bem e fui dormir por umas 3 horas, sono recuperador. Antes de amanhecer resolvi continuar, na Espanha demora mais pra amanhecer, clareia bem perto das 7 das manhã, desta vez a rota do GPS estava lá, bora seguir por um falso plano rio acima. Clareou, um pelote Espanhol me alcançou, nele estava o Fabricio, me chamou pra acompanhar o pelote, mas não gosto de sair do meu ritmo, disse que não seguiria, mas o ritmo do pelote estava bem legal, não apertava nas subidas e nos planos e descidas o ritmo era bom, acabei ficando no pelote, dalí pra frente eu e o Fabricio ficamos juntos praticamente o tempo todo, e iriamos encontrar os espanhóis varias vezes também, pouco antes de começar a descer pra Gijon, cruzei com o Lucio pela ultima vez, depois de lá só depois do termino, 10, km de descida até Gijon e era o final da primeira parte, era só voltar rsrsrsrsrs

Boas opções de alimentação por parte da organização em Gijón, descansamos um pouco e bora voltar, o plano era tentar chegar em Cistierna pra dormir lá. Uma serrinha pra sair de Gijon e um sobe e desce até Cangas de Onis, bastante falso plano descendo, pois agora era rio abaixo, região bem legal de se pedalar, mais comida e mais um pouco de Descanso em Cangas, cidade muito legal também, bastante atrações turísticas a beira do rio que desce o desfiladeiro que iríamos subir. A subida foi espetacular, acho que é o lugar mais bonito que passei em todas as minhas aventuras em cima da bicicleta, lugar e coisas que nunca tinha visto pessoalmente, somente em filmes, foram 39 km pra chegar ao topo, 9 kms de um falso plano e 30 de subidas ininterruptas, agora de dia a gente viu e ouviu as cachoeiras, mas precisa se debruçar um pouco pra enxergar as aguas, disse ao Fabricio “se soubesse o quanto as muretas eram baixas e o quanto eram ao fundo o leito do rio, verdadeiros abismos, eu teria descido muito mais devagar” pois se cair ali, vai demorar algum tempo pra acharem o corpo rsrsrsrs, tão lindo quanto perigoso. Enquanto subíamos, quem descia, a pé, de bike, de moto gritavam pra gente “âmino”, é o jeito dos espanhóis incentivar os ciclistas. Faltando 10 km pro Topo (Poton) existe uma cidade ou lugarejo, paramos num café bem charmoso a beira da estrada, eu e Fabricio nos prometemos voltar lá naquele café e pedir algumas cervejas e ficar gritando “ÂNIMO” para os ciclistas que passarem rsrsrsrsrs, os últimos 10 km são os mais duros de toda a subida, finalmente no topo, tiramos algumas fotos, colocamos um pouco mais de roupa, pois desceríamos até Ryano e chegaríamos lá a noite. Numa lanchonete em Ryano encontramos a Luciana e Raniel que haviam desistido da prova naquele local ainda na ida, confraternizamos um pouco e seguimos para Cistierna, pegamos “carona” num pelotão que passava bem na hora que estávamos de saída, seguimos com eles até Cistierna, nesse trecho reencontramos os gaúchos Eduardo e Dosso.

Em Cistierna era o nosso dormitório programado, cheguei, comi e dormi. Acordei tomei um banho bem precário, troquei de roupa e parti ainda de madrugada, acredito que era aproximadamente umas 5 da manhã, Fabricio seguiu comigo. Até ali eram 820 kms pedalados em 57 horas e saímos como se o LRM tivesse começado naquela hora, até brinquei com o Fabricio dizendo que eu era ciclista do terceiro dia, fazendo uma analogia com os ciclistas bons na terceira semana das grandes voltas (Froome, Nibali, Contador etc) kkkkkk. Alcançamos um pelotão italiano, ficamos pouco tempo com eles, até o “Fabricio Guarini” percebeu o nhem nhem nhem deles quando encosta ciclistas estrangeiros no pelote deles, demos fuga e os deixamos pra tráz, de repente estávamos com aquele pelote espanhol que citei antes, muito diferentes dos italianos, nos convidaram pra fazer revezamento na ponta do pelote a cada 1 km, a troca de dupla se dava sempre nas placas que indicavam a quilometragem da estrada   acredito que ficamos com eles por uns 100 km ou mais  até Fromista, lá no PC o pelote se dispersou, o Fabricio com sono tentou dormir um pouco, mas acho que não conseguiu e seguimos.

Bom agora era hora de pegarmos o vento a favor, passaríamos por aquela região de energia eólica, onde o vento nos castigou na ida. Mas como no mundo Randonneur as coisas não funcionam de maneira lógica, as hélices estavam todas paradas, ou seja, nada de vento a favor, e pra completar um sol pra cada um, 35 graus de sensação térmica. Por coincidência encontramos aqueles 3 dinamarqueses que me acolheram de roda naquele mesmo loca na ida, seguimos juntos até a próxima cidade a procura de agua, eles estavam sofrendo bastante com o calor, nos refrescamos e abastecidos de agua seguimos, logo deixamos os dinamarqueses pra traz, puxa vida, em pelo menos alguma coisa somos melhores que os europeus no ciclismo, suportamos mais o calor do que eles, rsrsrsrsrsrsrs, encontramos novamente Dosso e Eduardo, chegamos juntos em Tortoles, comida boa, cidadezinha bem europa antiga, brindei comigo mesmo os mais de 1000 km pedalados tomando um Colamotyo, nem sei exatamente se este o nome, é uma mistura de vinho, cocacola e gelo, aquilo desceu que desceu.

Bora pra Ayllon, me separei do Fabricio nesse trecho, é uma região de plantações de uva e várias bodegas, bastante sol, várias cidades, parei em uma delas pra tomar um sorvete e uns refrigerantes e abastecer de agua, um lugar bem bonito foi uma estrada a beira de uma represa quase chegando no PC, muito legal pedalar naquela estradinha cheia de curvas e quase nenhum carro. O Pc em Ayllon era num clube,, estava lotado de gente curtindo o verão europeu, me deu uma vontade enorme de tomar uma cerveja e não pensei duas vezes, ou melhor pensei sim, mas se o Colamotyo não tinha tido efeito nenhum, não seria uma cervejinha rsrsrsrs. Encontrei o Fabricio lá bem na hora que ele estava de saída então ele resolveu esperar e saímos juntos ainda de dia.

O trecho agora seria de uma subida de 20 km de asfalto bem ruim, mas bota ruim nisso, a descida na ida foi sofrível, mas até que foi melhor do que a gente esperava, parecia até que tinham tapado alguns buracos entre a ida e agora na volta, chegamos no topo já no escuro, encontramos parte daqueles espanhóis que logo desapareceram, seguimos de boa até um PA em Atienza, foi nesse trecho que fiquei abismado de tanta subida que encaramos na ida. Cara!!! A gente desceu pra carai… E Atiensa não chegava nunca, impressionante… Eu estava bem, mas estava mais lento que o Fabricio, que chegou a segurar o ritmo algumas vezes, outras apertava o ritmo, era sono, alguns ciclistas usam desta artimanha pra espantar o sono, não é o meu caso, quando bate o sono minha energia cai muito, mal consigo pedalar, mas eu estava bem, enfim chegamos em Atienza, bora comer e beber. O Fabricio queria dormir, tentou dormir em qualquer canto, não conseguiu, pensou em até pegar um quarto na pousada, eu queria seguir, não consigo dormir rápido, então disse pra ele ficar que eu ia seguir, mesmo lento era melhor seguir pedalando do que ficar parado ali tentando dormir sem sucesso, ele concordou comigo e seguimos, faltavam 40 km pro ultimo PC e depois mais 60 km pra chegada. O Fabricio puxava conversa pra espantar o sono, eu sou bem quieto, nem respondia e o Fabricio reclamava “Pô Avellar!!! Fala alguma coisa!!!” kkkkkkkkk é minha natureza, falo pouco, mas fomos nos virando até Cogolludo, último PC, fomos muito bem recebidos lá por 2 garotos, deu pra dar uma relaxada antes de seguir pra última parte.

Sabíamos que seriam 2 pequenas serras e depois uma parte bem plana, estava frio, mas pra subir até que o frio ajuda, sempre enxergávamos uma luzinha vermelha a frente, mas bem de longe, passamos as duas serrinhas e chega a parte plana, acho que uns 50 km de plano, enche o saco pedalar a noite, no plano e exausto, a estrada não acaba nunca, a luzinha sempre lá na frente até que uma hora a luzinha sumiu, ou o cara errou o caminho ou parou pra descansar. Eu estava exausto, mas queria chegar o quanto antes, nada de parar, pedalava a bike pegava velocidade, parava de pedalar e a bike também ia parando e assim fomos indo, plano é assim, não precisa de fazer muita força, mas não tem descanso. Até que chegamos na última estrada, faltavam uns 15 kms e fomos alcançados por outro ciclista e de repente saiu em disparada com o Fabricio, pensei “já vão tarde” eu estava pedalando o suficiente pra chegar, nada de apostar corrida naquela altura do campeonato rsrssrsrsr. Mas de repente eles também diminuíram drasticamente, combinaram de me esperar alcança-los pra chegarmos juntos. Aí feriu o orgulho né, eu não ia ficar me arrastando e segurando os caras, então peguei todos o resto de energia e apertamos o ritmo e puxei os caras por quase todo o que faltava até a chegada rsrsrsrsrs

Missão cumprida, chegamos as 6 da manhã, quase amanhecendo, fomos recebidos pelo Jose Maria e pela Camile, francesa de Brest que falava o dialeto Galego, quase um português, chamamos o Raniel que estava em La Cabrera pra nos buscar com o carro que ele tinha alugado, que de pronto veio ao nosso encontro, fiquei muito agradecido a ele, pois não teria mais energia pra chegar em La Cabrera, a 10 km e 3 de subida íngreme.

Brevetato, ou melhor, Granbrevettado, pois com a conclusão do MGM, eu Fabricio e outros receberemos o Premio Europa Challenge Randonèe. ECR

Agradeço a minha filha Bruna por cuidar dos assuntos profissionais durante essas minhas ausências, a minha mulher Simone por cuidar das meninas.

A Concept Bike Store, pelo apoio, e por deixar a bike sempre em perfeitas condições nos 4 eventos europeus

Agradeço aos meus patrocinadores, sem eles eu não teria conseguido, Esthetich Alinger, SIANFER, Colegio Ábaco, TLS Gestão de Negocios, 4 Pontos  e a Pneus para Bike

Agradeço também a Camila Honorio Pilates, Fernando Fazzane e ao Elber Personal Trainer

 

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